UTSF – Regoufe a Manhouce

Convidado pelos intrétipos Zé, Gustavo, Fábio e Flora, que estavam no segundo dia da maratona do eXTReMe CHaLLeNGe [UTSF] (GC3GVZB), juntei-me de bom grado ao grupo para os acompanhar na demanda, numa caminhada desde Regoufe até Manhouce, passando pela mítica Drave.

Cheguei a Regoufe ao nascer de um dia promissor. A meteorologia estava ótima para caminhar. Com a conversa em dia e as necessidades precavidas nas mochilas, avançamos pela subida até ao Alto de Regoufe, enquanto as memórias de outras aventuras se iam juntando. Lá em cima reencontramos a vista maravilhosa para a Garra, que haveríamos de subir durante a tarde. Por mais vez que faça aquela subida, creio que será sempre fantástico reencontrar o grande vale do Paivô.

No caminho para a Drave fomos pisando por outras histórias e memórias, com pequenas paragens e desvios. Ver surgir a Drave é também sempre mágico e faz valer todos os regressos. Na aldeia fizemos mais uma paragem, onde aproveitei para calcorrear os recantos habituais. Com a falta de água nas ribeiras, as lagoas estavam bastante em baixo. Descendo de seguida pela ribeira da Drave, tal acabou por ajudar a progressão e apenas encontramos corrente ininterrupta de água à superfície quando chegámos ao rio Paivô.

Após mais uma paragem para almoço, fizemos um pequeno desvio para aceder à moribunda aldeia do Pêgo. Pouco depois tivemos um encontro imediato e surpreendente com alguém que andava a fazer algum tipo de prospeção de metais no rio e lá fomos saltando de laje em laje até chegarmos ao ponto de saída do rio, com posterior subida pela Garra, um bom e longo desafio com passagem pelos defuntos Três Pinheiros.

Revisitando o fantástico Trilho Inca, passámos por Póvoa das Leiras com o olhar para o que se seguia, a altiva Besta. Da primeira vez que lá tinha passado, a subida pela antiga escombreira tivera um efeito devastador. Da segunda, aquando da prova UTSF 2014, já tive menos dificuldades. Com um contexto de menos quilómetros nas pernas, e com boa preparação, desta vez o efeito da subida foi mais subtil, mas ainda assim é um belo desafio.

Chegados ao planalto, com as complicações do dia vencidas, o percurso até Manhouce serviu para cumprir calendário, com uma passagem de interesse pelas antigas minas da Gralheira. O trilho deu lugar à estrada de terra, que por sua vez desembocou no alcatrão, já com o andamento em modo automático. Voltei depois para casa a pensar que estava na altura de regressar à UTSF, a prova mãe do trail em Portugal, e desafiar-me nos 100km. No dia seguinte os intrépidos haveriam de terminar a caminhada e chegaram ao seu Merujal. Parabéns a eles.

UTSF – Regoufe a Manhouce

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