No verão de 2011 vivemos uma extraordinária experiência em busca do Mestrado no Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG), visitando 20 locais recônditos e fantásticos. Entretanto, surgiram outros desafios, pelo que os motivos para regressar foram-se sucedendo. Um ano depois, aquando da inolvidável travessia das Montanhas Nebulosas presenciei o nascimento do Doutoramento PNPG. Após 4 anos de aventuras, com as 20 “cadeiras” descobertas, fica a enorme satisfação pela conclusão do magnífico desafio.
1. O Mundo A Seus Pés – 25/05/2012
“Cá em cima, sinto que me pertenço. Cravo a minha existência num lugar maior que todas as inconstâncias da alma. Hoje, porém, sou maior do que eu; tenho o mundo ao alcance de um olhar; tenho o mundo aos meus pés e, por um instante, sei que sou feliz.”
2. Lagoa dos Druidas – 25/05/2012
“Não via ninguém na zona e rapidamente cheguei perto do rio Peneda. Fiquei naturalmente fascinado com a paisagem e percebe-se a ligação ao nome da cache. Em menos de nada estava junto ao tesouro, que rapidamente apareceu.”
3. As Albas – 08/09/2012
“Sensivelmente a meio da subida tivemos o primeiro vislumbre deste fabuloso arco; pequenino, ao longe, demasiado longe. Contudo, fizemos das fraquezas forças e por fim conseguimos chegar a este local fantástico.”
4. Pico do Sobreiro – 08/09/2012
“Acabei por ser o último a chegar ao fundo do vale; as descidas custavam bastante, pois o joelho doía-me. Contudo, compensava nas subidas, pelo que chegar lá acima acabou por custar menos do que inicialmente pensava. Vistas fabulosas!”
5. Montanhas Nebulosas [PNPG] – 08/09/2012
“A montanha, perene como o tempo, acompanha o nosso percurso. Entre o silêncio das fragas há algo inefável que perpetua a nossa existência para lá de quem somos; um regresso às brumas das nossas origens, verdadeiras e intemporais.”
6. Amizade [Fraga do Paúl] – 06/10/2012
“Quando estávamos já perto, a vontade esmoreceu ao percebermos que não iria ser fácil chegar ao topo. Fomos contornando a fraga pelo lado direito até que encontrámos o acesso. Depois foi apenas uma questão de dar pernas à nossa vontade”
7. Uma cache no PNPG – 14/04/2013
“Uma imagem de PNPG emoldurada. Depois ainda me aproximei do limite da fraga, mas quando esta se tornou mais vertical voltei para trás e fiz o caminho de regresso até ao carro, de onde parti para mais uma aventura serra acima.”
8. Prados da Messe – 14/04/2013
“Atirei a mochila para o chão e pude por fim descansar. Estive alguns instantes a recuperar o fôlego e ergui depois o olhar para o enorme vale que estava à minha frente. Naquele lugar de gigantes senti-me um pequeno grão, entre a solidão do universo.”
9. Sombrosas – O Desafio – 15/04/2013
“A visão, lá em cima, é esplendorosa. Durante este dia e no anterior tinha andado a cirandar em torno das Sombrosas, contemplando-as de várias perspetivas, e ali tudo se resumiu a uma sensação inefável de concretização.”
10. Serra Boa – 12/09/2013
“Encontrei então o extraordinário abrigo da Serra Boa, que é porventura o mais bonito e melhor conservado que conheço no PNPG. Fez-me recuar algumas décadas no tempo, tamanho era o bucolismo que a paisagem respirava.”
11. Minas das Sombras – 10/05/2014
“Deverá ser também interessante entrar por ali no inverno, quebrando o gelo da porta. No regresso da descoberta ainda tive direito a andar no carril e foi um espetáculo!”
12. Aos grupos expedicionários – 11/05/2014
“As vistas são absolutamente fantásticas! Apetecia ficar por ali indefinidamente a contemplar o extraordinário mundo do Gerês. Sempre que andei pela zona da Rocalva, Sombrosas e Portas Ruivas olhava para aqui e pensava nesta descoberta. Hoje foi o dia!”
13. Estepes do Norte – 03/04/2015
“Apesar das dificuldades naturais do acesso, o grupo esteve à altura do desafio e todos suplantámos os nossos receios e ambições. Alcançar o topo daquela formação rochosa foi uma conquista do esforço e redundou numa alegria contagiante.”
14. Uma tartaruga no PNPG – 03/04/2015
“Lá fomos descendo em grupo e todos os receios e vertigens foram sendo vencidos com a entreajuda de todos. Contudo, quando chegámos lá em baixo, surgiu então uma vontade invencível em voltar a subir às Estepes por ali e em modo radical.”
15. Cova – 11/09/2015
“Previamente tinha feito um plano de acesso, tendo em conta o mapa do terreno, mas as coisas acabaram por complicar-se. Desde então, a vegetação foi ocupando parte do percurso e torna-se mais difícil discernir por onde segue o trilho.”
16. Ponte da Ladeira – 11/09/2015
“O trajeto fez-se muito bem e quando chegámos à ponte ficámos impressionados. O local é realmente excelente e a ponte é muito fotogénica, com as águas cristalinas que correm por baixo.”
17. Panoramic View – 15/08/2016
“Acabei por acertar na suposição da “passagem estreita” para chegar ao topo, mas excedi-me no que subi. Quando dei por mim já estava no que me pareceu um marco geodésico, no topo.”
18. Enseada – 15/08/2016
“Desci desvairado a encosta e rapidamente cheguei ao fim do caminho, onde começam as arrelias. Honestamente, quando vi o início do acesso final, pensei que iria ser pior. Passei a parte dos tojos e desci com cuidado até à água.”
19. Subida pelo Gerês – 16/08/2016
“A partir do momento que se abandona o caminho de terra o cenário torna-se mais interessante, com o trilho a cirandar pela encosta, ao cuidado da sombra das árvores e cruzando os regatos que descem da serra.”
20. Um aplito no PNPG – 16/08/2016
“As encostas envolventes desciam em tons verdes até ao rio e eu lá fui saltando de pedra em pedra. À medida que fui avançando encontrava pequenos obstáculos e algumas lagoas, que eram contornados sem grandes problemas. O espaço é fantástico!”
PNPG’s PhD ou o Doutoramento – 16/08/2016
“Neste regresso constante e anual ao Gerês, fica desde já definido qual será o objetivo próximo e quando terminarmos os “estudos” faremos nova visita virtual a esta cache para reclamar o “canudo”. Obrigado à Natureza pelo convite! Resta falar na fabulosa listagem desta cache, com palavras que nos enchem de vontade em seguirmos por esses trilhos milenários à descoberta do PNPG, apenas pela sua existência, como na célebre resposta de George Mallory.”