[Valente]
Já lá vão 3000 sorrisos e mais de 6 anos de geocaching. Tantas aventuras, desventuras, experiências e pessoas para chegarmos aqui, à cache Hakuna Matata. E que grande cache (no sentido literal e figurado)! Tão grande, que até tivemos medo de mexer. O Cruz a investigar e eu pronta para dar à sola, mas afinal o “perigo” era amigo. Depois de abrirmos a caixa maior, não demorou muito a darmos com o truque da mais pequena. Foi sem dúvida uma ótima descoberta!
Uma milestone representa sempre um motivo para refletirmos sobre o está para trás. Recordo muitas coisas boas, entre elas o entusiasmo das primeiras 1000. E como, no meu caso, esse entusiasmo se foi esmorecendo. De algum tempo a esta parte falta a disponibilidade, mas também a paciência para sair um dia só para fazer caches (com exceção dos eventos, que sempre vamos trocando uns dedos de conversa); falta a preparação física para fazer quilómetros duros em serra, quando nos embrenhámos no Gerês; falta a resiliência e a coragem para fazer caches como a Rota dos Túneis ou uma subida inventiva do rio Teixeira.
Faltam algumas coisas que no início existiam. Mas, no entanto, não me vejo a cortar o cordão umbilical com o geocaching, por mais atributos que me faltem ou por mais desilusões que venham. O geocaching veio para ficar e a ele devo muito. Nunca, de outra forma, eu teria ido a recantos maravilhosos, experimentado coisas novas, aprendido muito e conhecido tantas pessoas. Venham outras 3000!
[Cruz]
Ao aproximarmo-nos desta milestone começámos a pensar no destino mais adequado. Na primeira fizemos uma caminhada pela Linha do Douro. Na segunda fomos em busca de Lendas e Lagoas na Serra da Estrela. Para a terceira, resolvemos voltar ao Douro, mas numa versão mais relaxada. Depois de um passeio junto o rio regressámos à Régua e prosseguimos para norte, parando em Vila Real. Após um pequeno passeio e um almoço reconfortante, fizemos uma pesquisa rápida e ficámos curiosos sobre esta cache.
Seguimos até ao estacionamento, cruzámos o beco e continuámos pelo trilho. Não demorávamos muito a chegar às escarpas. Lá em baixo, as águas do Corgo seguiam apressadas ao encontro do Douro. Aproximámo-nos das coordenadas e começámos a ficar com dúvidas. Ainda que as informações da listagem validassem a nossa presença, não estávamos muito confortáveis. Decidimos então falar com quem já lá tinha ido e tudo se tornou mais fácil. Começou então a diversão! Não é fácil descrever a cache sem adiantar pormenores. Assim, o melhor é mesmo não arriscar. Vão lá e descubram o porquê!
Tratou-se de uma excelente escolha e representa muito bem a mais-valia que o geocaching tem representado. Mesmo à beira de centros urbanos, é possível descobrir sítios escondidos e interessantes. Por outro lado, é incrível notar a dedicação em construir desafios fantásticos e recipientes elaborados que nos divertem e enriquecem. O geocaching pode ter mudado desde as suas origens ou desde que o descobrimos, mas mesmo sem procurar muito é fácil encontrar inúmeros motivos de interesse. Basta abrir os olhos e seguir a seta!
Muito obrigado pela partilha!