O Engenho Novo, a primeira fábrica de papel existente em Paços de Brandão, foi fundado em 1795. Manteve-se em funcionamento até 11 de Agosto de 1958, dia em que foi vítima de um violento incêndio, responsável pela destruição das suas instalações. A casa, da qual apenas sobram as paredes, foi construída no século XIX. De planta rectangular, desenvolve-se em três pisos, e apresenta fachada principal brasonada. A propriedade, com a sua luxuriante vegetação, foi convertida em Parque Municipal depois de a CM da Feira ter adquirido os terrenos para aqui instalar um dos núcleos do Museu do Papel, que acabou ser implementado na antiga fábrica Custódio Pais.
A Quinta do Engenho Novo é um ótimo local para passear, caminhar e correr, possuindo ainda um Clube de Ténis. Sobre a antiga fábrica, o cenário tem traços de distopia pós-apocalíptica, sendo impressionante a altura das paredes e o facto de persistirem. Não terão a durabilidade e a dureza do mítico edifício Aquas Radium, perto do Sabugal, mas ainda devem resistir por muitos mais anos. Talvez o tempo lhe mude o destino e transforme o amontoado de história e memórias numa merecida recuperação, seguindo o caminho do papel para o digital.