Lagoa do Covão do Meio – Garganta de Loriga

Esta fotografia foi tirada numa subida da Garganta de Loriga em 9 de fevereiro de 2013. Havia já algum tempo que estava para fazer esta magnífica caminhada pela Serra da Estrela e quando descobri que um grupo de expedicionários preparava-se para a empreender não consegui resistir ao chamamento da montanha. Após alguma logística, seguimos para Loriga e estacionámos junto ao quartel dos bombeiros, iniciando pouco depois a marcha. Ao chegarmos ao planalto que fica sobre a aldeia, tivemos um primeiro encontro com a enormidade que se erguia diante de nós. Lá em baixo corria o ribeiro, formando pequenas cascatas até chegar à praia fluvial. Prosseguimos depois pelo trilho, relativamente bem marcado e fácil de seguir.

Todo o cenário, assim como o tempo, pareciam que se tinham engalanado para a nossa visita, proporcionando-nos uma experiência fantástica e que apenas ainda estava para começar. De máquina fotográfica em punho, lá fomos avançando, fazendo pequenas paragens para descanso e alimentação. Confesso que parecia uma criança irrequieta com um brinquedo novo na mão, tentando registar tudo o que podia. Afinal, esta era a minha primeira vez que saía de casa com a Nikon.

Pelo meio fizemos um pequeno desvio para aceder a uma mina de volfrâmio e chegámos depois ao Covão da Areia. O gelo e a neve começaram então a fazer-nos companhia, tornando o trilho mais espetacular e permitindo inúmeros momentos de criancice, que ficam sempre bem em todas as idades. Como levava a máquina acabei por não patinar muito mas ocupei-me com outras distrações. As estalagmites de gelo pareciam troféus nas nossas mãos.

Depois do Covão da Areia, subimos para o Covão do Meio. Ao chegarmos à barragem ficámos siderados com aquele espelho de água mágico, que amortecia com ternura as imagens das encostas geladas do vale nas suas águas. Prosseguimos para o Covão Boeiro e pelo caminho surgiu a possibilidade de tirar esta foto. A água parece suspensa pelo horizonte. É incrível imaginar que nesta albufeira existe um túnel com mais de 2 quilómetros de distância que leva o excesso de água desta barragem para a Lagoa Comprida!

Alguns quilómetros depois chegámos à estrada e ainda tivemos tempo para terminar o dia no mítico Cântaro Magro. Por esta altura a bateria da máquina já tinha acabado. Aprendizagem a reter: comprar uma bateria extra e resistir mais à tentação de fotografar. Esta foi sem dúvida uma caminhada memorável, com a Estrela engalanada de gelo e neve, em excelente companhia, e com um tempo fantástico. Estas são, sem dúvida, as melhores condições para subir a Garganta de Loriga. Na companhia de sphinx, royk, darkangel, neval, mafilll e mcm!

Lagoa do Covão do Meio – Garganta de Loriga

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